O Holocausto silencioso das mulheres - Mutilação Feminina!

On sexta-feira, 8 de abril de 2011 0 comentários


Já foram contabilizados 140 milhões de mulheres, que foram mutiladas sexualmente. Estas mulheres são literalmente dilaceradas pela amputação dos seus órgãos sexuais. Cerca de 6 mil meninas, a cada dia, são estropiadas por esta violência. Cortam-lhe o clítoris, com facas, lâminas, vidros, sem a mínima assepsia, nem anestesia.
A mutilação retira a liberdade de escolha para toda a vida. Contra esta aberração, que ceifa milhares de vidas em tenra idade, não há resoluções das Nações Unidas, não há ataques da OTAN, nem sanções internacionais.
Sou defensor, que os usos e costumes não devem ser abandonados. Mais, os símbolos, as identidades culturais, as tradições dos povos devem ser preservadas e documentadas, como património das civilizações. Sou contra aqueles que tentam monopolizar as civilizações e a cultura dos outros, como temos assistido ao longo dos tempos. Mas que me desculpem os defensores desta tradição, esta atrocidade, que continua a ser feita a milhares de mulheres constitui um crime para a humanidade.
Manda a tradição nestes países, que as mulheres que não são excisadas não prestam. Quando morrem, costuma-se atribuir a culpa a menina, porque já era impura, ou aos pais da menina, porque não foi educada na pureza. No Egipto, os genitais femininos externos são considerados “impuros” e a menina que não for circuncisa é chamada de nigsa, isto é, suja.
Segundo dados da Amnistia Internacional, os números são arrepiantes em termos de prevalência. Somália – 99%; Sudão, Gâmbia, Djibuti e Etiópia – 90%; Serra Leoa – 80%; Burkina Faso – 78%; Nigéria e Guiné – 60%; Mauritânia e Libéria – 55%. Países como o Benin, República Centro Africana, Chade, Gana, Guiné-bissau, Mali, Senegal, Uganda, onde a mutilação se dá em proporções que variam de 20% a 45% do total de mulheres nativas. Seria bom, que em pleno século XXI, as mulheres conquistassem, definitivamente, os direitos e liberdades básicas em todo o mundo, pois as sociedades seriam bem mais humanizadas.

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